domingo, 11 de março de 2012

Papel em branco e algumas reflexões. Ou apenas perguntas, vazias.

Uma folha de papel em branco. Como a vida.
Todos esses anos tentando entender sobre esse divino mistério. Afinal, o que é isso?
Vida.
Sempre me pergunto o que realmente isso significa. Uma viagem. Um tempo. Nada. 
Respostas ninguém tem, mas continuam todos vivendo.
Enquanto isso, acidentes por aí. Pessoas nascendo, outras morrendo. Pessoas sendo felizes e outras fingindo que são. 
Entre um trago de oxigênio e outro, vida. 
Um cigarro e uma taça de vinho. Jazz para os ouvidos e, resposta nenhuma. 
Estamos presos em algum lugar. Marionetes de alguém. 
Dizem que somos senhores do próprio destino. Mas sempre precisamos de algo no que confiar. Fé. Deus. Energia. Qualquer coisa. Qualquer coisa que nos redima de nossas próprias culpas. Ou que justique nossas angústias. Ou ainda, que dê alguma razão para os nossos dias. Todos os dias. 
Presos nas ruas, em casa, numa garrafa de scotch. 
Nos achamos tão donos de nós mesmos, mas sempre buscamos algo que justifique nossas fraquezas. Ou nosso sucesso. 
Afinal, ganhar na loteria é ou não uma questão de sorte?
Enquanto isso, nos pedem otimismo. Em quê? Como isso pode mudar o destino?
Destino. Uma reta para algum lugar. Ou lugar nenhum. Uma estrada de muitas curvas.
Essa estrada desconhecida, estrada. Qual o imã que nos mantém nela?
Quem é o motorista dessa coisa chamada ser.  Quem muda o caminho? E quem sabe qual o caminho a seguir.
Desistir, dizem, é sempre o caminho mais fácil. Desistir para onde? De quê? 
E quando falam do recomeço, citam Fênix. Onde estão as suas cinzas então? 
Recomeço. 
Recomeçar nunca é fácil, principalmente quando não se sabe em que parte da estrada você está. Menos ainda quando não se acha a direção para um lugar qualquer nos mapas. 
Recomeçar tem a ver com traçar um novo caminho. Mas e o destino, já não está traçado?
Tantas perguntas, desde sempre. Afinal, o que estou fazendo aqui?
E se a resposta for recomeçando, me pergunto de novo: de onde?

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