quarta-feira, 30 de outubro de 2013

(Re)Significar-se


Se de amor adoeço, de amor não padeço. 
É no amor que encontro forças e me reinvento. 
Me resignifico. 
Não no amor do outro, que é por vezes egoísta e incerto demais. 
No meu. Errante, frágil, inteiro ou pelas metades. 
Amor pelos sonhos. Pela arte. 
Amor por qualquer coisa que dê sentido aos dias. 
Nele, me redescubro. 
Sobre ele, caminho. 
Em suas águas, mergulho.
Em seu furor, alço voos.
No seu torpor, durmo. E sonho.
Na sua brutalidade, desperto. 
Como ele, vivo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Inerte

Da música que cessou, fez-se o silêncio. 
Do sol que se escondeu, fez-se a escuridão.
Do tudo que virou nada, fez-se o vazio. 
As flores murcharam. Os pássaros emudeceram. 
O encanto se escondeu. Os sonhos se quebraram.
O corpo vazio, inerte, nada sente. 
O pulso não pulsa. O coração não bate. 
Fez-se o nada. Silencioso. Escuro. Vazio.