quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Barcelona

21 a 24 de Novembro. 4 dias em Barcelona. Começo esse post relatando a dificuldade em descrever essa cidade. Uma das principais características da Europa é o novo e o velho que se misturam o tempo todo. E claro em Barcelona não podia ser diferente. Dos aspectos Românicos à Barcelona atual. Da arquitetura Gótica a Gaudí. Dos inúmeros museus aos artistas de rua. Barcelona te surpreende a cada passo e, definitivamente, quatro dias foi muito pouco pra assimilar tanta informação.

Dos inúmeros museus, consegui visitar apenas cinco: Museu de Arte Contemporânea, Museu Picasso, uma exibição do Dali (infelizmente não tive tempo de ir a Figueiras, onde está situado a Casa-Museu Dali), Museu Gaudí (na Sagrada Família), Museu Nacional de Arte Catalunha.

Além dos museus, também visitei a Catedral, Parque Güell, La Pedrera, Igreja de Santa Maria do Mar, Castelo de Montjuic e passei muito tempo perdida entre as ruelas da cidade.

O primeiro museu que visitei foi o Museu de Arte Contemporânea. Era um domingo, e o museu estava bem cheio. Acontecia uma mostra em todo o museu com crianças e jovens que fazem parte de projetos culturais na cidade. Apesar de bem cheio e uma quantidade absurda de pessoas e barulho, valeu a pena.

No caminho entre o Museu de Arte Contemporânea e a Catedral, obviamente eu me perdi entre as pequenas ruas do Bairro Gótico. E devo assumir que eu e mapas não nos entendemos muito bem. Basicamente, eu sigo o caminho contrário do indicado no mapa. Mas essa foi uma boa perdida. Acabei me deparando com uma exibição do Dali, que reunia algumas telas e esculturas do artista.

Depois do Dali, resolvi ir direto ao Museu do Picasso. O museu reúne obras do pintor principalmente do início de sua carreira. As principais obras não estão lá, se encontram em outros museus pelo mundo. Mas o mais interessante foi ver a trajetória do pintor, passando pela diferença de estilos até o que mais conhecemos de suas obras. Infelizmente não podia fotografar.

Segunda-feira foi dia da Sagrada Família, principal obra de Gaudí que está em construção há mais de 100 anos. O templo é construído através de doações. A previsão para término da construção do templo é entre 2020 e 2040. Embora inacabada, a Sagrada Família recebe quase 3 milhões de visitantes por ano.

O Parque Güell origina-se de 1900, quando o Conde Eusebi Güell comprou uma área de pouco mais de 17 hectares e contratou o arquiteto Gaudí para criarem um projeto residencial para afortunados de Barcelona. Como o local era um tanto quanto afastado da cidade, o projeto não obteve muito sucesso. Em 1918 o Parque foi vendido ao Município de Barcelona para que fosse transformado em público. Em 1969 foi nomeado Monumento Histórico Artístico e mais tarde, em 1984, nomeado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade. O Parque é muito grande e eu cheguei lá já no final da tarde, então não deu para ver muito. Mas valeu uma caminhada e um café ouvindo ao som de um violonista tocando música espanhola.

Terça-feira, e último dia, foi bastante corrido. Foi dia de visitar La Pedrera, outra famosa obra de Gaudí, na Basílica Santa Maria Del Mar, Museu Nacional de Arte Catalunha, teleférico e Castelo de Montjuic.

La Pedrera, ou Casa Milà, foi construída entre 1905 e 1910. Residência do industrial Roger Segimon de Milà, projetado por Gaudí que, na época não foi muito apreciado pelos habitantes, visto que fugia dos padrões arquitetônicos da época. A fachada deu origem ao apelido do prédio (La Pedrera). De forma ondulada, transmite a sensação de ter sido cavada na rocha. O telhado é sem dúvida, o lugar mais interessante do prédio. Escadas, torres de ventilação e chaminés criam um aspecto meio lunar.

A Basílica de Santa Maria Del Mar é considerada um dos mais belos templos da Idade Média. Construída entre 1329 e 1383, a Igreja representa o ápice do estilo Gótico catalão.

Edifício Central para a Exposição Internacional de Barcelona em 1929, o Palácio Nacional foi construído entre 1926 e 1929. Em 1934 dá lugar ao Museu Nacional de Arte Catalunha, que reúne uma vasta coleção de artistas catalães, desde a Idade Média até o início do século XX. Infelizmente como era o último dia, o tempo estava meio curto e não tive tempo o suficiente pra aproveitar como esse Museu merecia. A começar pela sua localização, que proporciona uma vista maravilhosa da cidade, ao rico conteúdo do Museu. Pretendo voltar em breve.

Do museu para o Teleférico. Completamente por engano. Eu queria pegar o teleférico que cruza o mar e termina na Barceloneta, mas acabei pegando esse que te leva até o Castelo de Montjuic, que definitivamente não estava nos meus planos, mas foi uma agradável surpresa. A vista do Castelo é indescritível, sem contar o fato de entrar em um Castelo de verdade. La foi minha última parada. Almocei um cotovelo de porco e passei alguns minutos caminhando pelo Castelo que me fez sentir como se estivesse na Idade Média.

Depois disso, voltar ao albergue, pegar a mala ir para o Terminal de Ônibus, uma hora e meia no ônibus que vai para Girona, check-in no aeroporto, esperar o vôo e finalmente chegar a Dublin. Apesar da maratona entre aeroporto, vôo, ônibus e tudo mais, considero essa uma das melhores viagens que fiz por aqui, e a número um na lista dos lugares que quero retornar.

Eu tinha selecionado algumas fotos pra colocar aqui, mas acabei ficando sem paciência. Pra facilitar, segue link do Picasa: http://picasaweb.google.com/medrado.lorena/BarcelonaNov2009#