sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Contagem regressiva

Pronto. Finalmente a decisão foi tomada e agora não se volta atrás.
Faltam pouco mais de 24 horas para eu embarcar para uma nova aventura.
O que vou fazer lá?
Boa pergunta!
Precisarei estar lá para saber.
Vou encontrar o inusitado, me abrir para o desconhecido e, quem sabe, me encontrar.
No momento, fé e muita curiosidade.
Nos próximos dias, darei notícias de minha nova saga.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

5, 4, 3, 2, 1


De repente, os fogos anunciam entrada do novo ano. Ano-novo. Olha no relógio e sem querer se dá conta que, de fato, o ano começou uma hora mais cedo. Que diferença faz?

Olha a TV. Apesar de estar no mudo, reconhece as pessoas celebrando a entrada do novo ano. Olha em volta. Não teve ânimo nem pra estourar a garrafinha de champanhe que comprou naquela tarde. Nunca havia passado um ano novo sozinha.

Casa vazia. Umas velas acesas. Ouvia os fogos de artifício e via a felicidade das pessoas comemorando na TV. Olhava para a mesa com uma ceia comprada no supermercado, a garrafinha de champanhe, um prato e um jogo de talheres. Deprimente.

Havia escolhido passar aquela virada de ano sozinha. Nada de amigos, nem família, nem mesmo as 7 ondinhas. Resolvera fazer tudo diferente dessa vez. Telefone e computador desligados. Queria uma certa distância do mundo naquele que, era para ser um momento de reflexão para ela. Imaginava que se passasse a virada de uma forma diferente da dos outros anos, seu novo ano poderia ser diferente.

Voltou à sua primeira reflexão: o ano começou uma hora mais cedo. Então, já que era pra fazer tudo diferente, resolveu esperar sua própria contagem regressiva, dali a uma hora. Pronto, vou começar o ano na hora certa, nem antes, nem depois, pensou.

Pegou um livro, leu algumas páginas e sem querer se questionava o porquê de ter escolhido passar aquele ano daquele jeito. Justo ela, que adorava uma festa, música, bebida e os amigos. Tudo bem, pode dar certo. Esse ano pode ser diferente de verdade. 5 pra uma da manhã. Pronto. Agora sim, vou preparar minha contagem regressiva e minha mini-champanhe. Contou, de dez a um. Deliciou-se com a garrafa de champanhe, ali no bico mesmo, afinal não havia com quem brindar. Provou da ceia do supermercado e concluiu que era puro preconceito achar que aquela comida poderia ser horrível. Era boa!

Nesse momento teve a certeza de que seu ano seria diferente. Afinal de contas, a entrada do ano é o que conta para o restante dele.


Não, esse não foi a minha passagem de ano. Estava entre amigos, pulei as 7 ondinhas, joguei flores para Iemanjá, agradeci o ano que se passou e fiz resoluções de ano novo. Essa foi a passagem de ano dela, que ainda não sei quem é. Talvez a conheça. Quem sabe.