domingo, 3 de abril de 2011

Tormento


Eu
Não sou nada além de mim
Esse ser pacato e insosso
Que faz perguntas, mas é vazio de si

Sou quem vive entre medos e fantasias

Que teima em existir sem ter porquê
E vai durando somente o necessário

Entre devaneios e sonhos bons
Eu?

Sou a negação e o tormento

A procrastinação de ser feliz

A resposta para pergunta alguma

Eu sou nada que existe além de mim

3 comentários:

helil disse...

Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares

"...me pesa sempre admitir sinceridade nas coisas coletivas, visto que é o indivíduo, a sós consigo, o único ser que sente"

Lorena Medrado disse...

Devia ter aqui um daqueles botõezinhos de "Like" do Facebook. :)

MagaH disse...

Queria, nos momentos nublados, me sentir mais que um amontoado de tecidos.
Queria, nos momentos nublados, que meu sorriso transcendesse.
Queria, naquele momento em que a vida implora por companhia, saber ficar só...

Somos muito além do que percebemos... pena que nosso inconsciente não nos enxerga pelo olhar do outro.

Estou com muita saudade!
Um beijo enorme