sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Lutos



Quantas pessoas precisaremos perder para percebermos, definitivamente, o quanto somos vulneráveis? Para finalmente dar valor no hoje, pois essa é a única certeza que temos.


Quantos lutos teremos que vestir para mudarmos o rumo de nossas próprias vidas? Para entendermos de uma vez por todas que não teremos outra chance para fazermos diferente. Não teremos outra vida e, de fato, não sabemos nem se teremos outro dia, outra hora.


Planejamos muito. Fazemos milhares de resoluções de ano-novo. Deixamos para começar a dieta na segunda-feira, e olha que hoje ainda é quarta. E quando vamos começar a viver? Quando vamos olhar para nós mesmos e fazer o que realmente nos faz felizes? Quando começaremos a responder, quando indagados de como está a vida, que estamos felizes, ao invés de responder um simples e frio “vai indo”.


Quando vamos entender que a vida é curta demais e que simplesmente não permite ensaios? Nosso ato é agora, errado ou certo, feliz ou triste, bem ou mal vivido.


Quantos lutos mais teremos que vestir?



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Coisas mínimas, quase insignificantes. Quase.

Certa vez, ouvi de um amigo uma frase que achei interessante, pela sua simplicidade e pelas conseqüências que ela pode causar nas nossas vidas.
"Amar e mudar as coisas". Talvez muito idealista no discurso e pouco prática na vida real.

Porém, acredito que se deixarmos de complicar nossas vidas, talvez possamos mudar, a começar pelas pequenas coisas. Aquelas coisas simples, pequenas, que talvez passem despercebidas no nosso cotidiano desenfreado.

Eu não sei exatamente porque comecei esse post dessa forma. Na verdade eu só queria dizer que achei super bacana uma música do Teatro Mágico que acabei de ouvir. E no final tem uma fala do cantor sobre as coisas simples da vida. Talvez por isso eu tenha dado essa volta maluca.

Enfim, é sempre bom conhecer coisas novas. E melhor ainda, pensar na possibilidade de mudar as coisas que já conhecemos. Por mais simples ou insignificantes que elas possam parecer. Enfim, amar e mudar as coisas.

E contrariando os outros posts, dessa vez, ao invés de foto, coloco o vídeo dessa música. Assim, inicio uma pequena mudança, de uma coisa simples e quase insignificante. Espero que gostem!

"Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só"
O Anjo Mais Velho - O Teatro Mágico


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sereno


Já faz um tempo, eu descobri que tenho a tendência de escrever apenas quando estou precisando externar sentimentos não necessariamente bons.
Ok, vou tentar fazer algo diferente hoje.

Fico feliz quando produzo, mesmo que isso me deixe tão cansada quanto estou no momento. Mas é um cansaço bom. Um cansaço confortante.
De repente, percebi que estou plantando para colher muito em breve, e isso é o que de fato me interessa. Novos planos, novos rumos. Sem deixar que isso me impeça de viver o agora. Um bom agora. Um agora feliz, serenamente feliz.

Vomitar às vezes faz bem. Limpar o que está fazendo mal por dentro. Isso libera espaço para coisas boas. E, no momento, tem muito espaço para isso.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Paradoxal


Continuo em estado letárgico, mas preciso vomitar.
Salve Quintana.

"Todos esses que aí estão
atravancando meu caminho,
eles passarão...

eu passarinho!"

Mario Quintana

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Descaso iminente


Nada se faz sem paixão, tesão ou emoção.
Sem esses quesitos, existe a sensação de que nada está sendo feito de verdade.

"Barriga" o feito, espera o tempo passar.
E os resultados até que têm significado, mas não são necessariamente significantes.
Simplesmente conseqüência.

Enquanto espero algo que faça mais sentido acontecer, obedeço à Lei da Inércia.
Continuo vivendo o script que está pronto.


Reclama. Reclama. Reclama.

Pede. Pede. Pede.
Por que não faz?

Arrumo desculpas para tudo.

Existem pontos, mas não existem nós.

E a fila, parada e fria, continua assim.
Enquanto isso, a Lei da Inércia.

Sem paixão, tesão ou emoção.

Descaso pelo resultado.
Apenas conseqüência.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Espaços vazios - cópia


Na falta de inspiração, emoção, incubação ou coisa que o valha.
Na falta de fósforo, fosfato e no medo de queimar neurônio.
Na preguiça de pensar o que sente e escrever o que pensa.
Copio um texto de Oswaldo Montenegro para tapar o espaço vazio dessa página.

Texto Fazenda Modelo
Era assim: o que quiser que tenha, tinha.
Tinha arrebol? tinha. rouxinol? tinha. Luar do sertão, palmeira imperial, girassol, tinha. Também tinha temporal, barranco, às vezes lamaçal, o diabo Depois bananeira, até cachoeira, mutuca, boto, urubu, horizonte, Pedra, pau, trigo, joio, cactus, raios, estrela cadente, Incandescências. enfim
Oswaldo Montenegro