domingo, 27 de novembro de 2011

Um bom se, talvez a paz. Ou talvez, apenas números

E se morrer fosse amanhã, o que restaria? O que de fato ficou?

Dias e dias de vida. Ao todo, quase 10.220. Mas não gosto do quase.

De qualquer modo, e se eu morresse amanhã?

Muito vivi, pouco escondi. O que escondi, escondi de mim mesma. Ou tentei.

Posso dizer que me diverti. Bastante. Conheci, vi, senti, sonhei. Espera. Sonhei!


Sonhei sonhos que pensei ser outra pessoa para realizar. Outros, eu fiz. Mas ainda há mais. Muitos. Ainda não são 10.220. São poucos mais de 10 mil. Quero mais. Quero os 20. Os 20 mil, os 30 anos. E depois dos 30, os quarenta, os 100.

Quero ser imortal.

E posto a chama. Quero que meu infinito dure.
Não, eu não vou morrer amanhã. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Coleção

As pedras do caminho, guardei. Todas. As que encontrei e as que criei.
De quando em quando crio outras e tropeço em mais algumas.
E das palavras chulas e versos sem nexo, das rimas pobres, crio mais uma.
E das pedras que guardo, ladrilho coisa nenhuma.
Pode até haver um anjo, como dizia a velha canção.
Mas se a rua fosse minha, não haveria um bosque. Apenas as pedras da coleção.