No fim, o que resta, são as lembranças dos dias.
Dos medos. Alguns um tanto infantis e outros justificados por
sentimentos de auto-preservação.
Das alegrias. Ora cultivadas, ora gratuitas, ora forçadas.
Dos amigos, dos amores.
Ah, os amores. Aqueles que te fizeram chegar em qualquer
lugar onde você nunca mais vai querer voltar. Ou aqueles outros que te amaram
tanto, mas você deixou passar.
O tempo. O olhar no espelho. Os significados.
No fim, toda a dor vira alegria, pois em algum momento a
promessa de rir dela acaba se cumprindo.
A tempestade vira calmaria. E o sentimento de imbecilidade é
inevitável.
As guerras, mazelas, por sua vez, seguirão existindo. E as dores
que as acompanham também.
No fim, tudo é lembrança. Porque não há de haver tempo que a
apague.
E quem sabe nesse fim, alguns equívocos possam ser
perdoados. Pelo menos por nós mesmos.
Essencialmente por nós mesmos.
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