A crueldade do mundo assusta. Sufoca.
Tantas palavras ditas e outras tantas mal ditas.
Por vezes, o medo de fechar os olhos e ser sugada para outra dimensão.
Por outras, o desejo que o vento leve, branda e leve, como pluma.
O que se disse, já fora esquecido. O que não disse, arrependido.
O que se sente é como uma arma, apontada para o próprio peito.
Uma bala e vários sentimentos.
Uma roleta russa. Um escuro. Um nada.
De olhos fechados, sinto o desejo, correndo quente e obstruindo as veias.
De peito aberto, falta espaço para que o ar entre.
A crueldade do mundo cala.
Tantas palavras que não são ditas.
O mundo diz não. O mundo não diz.
Você sorri. E sufoca. E cai.
E como pluma, branda e leve, o vento leva.
E espera algum gozo no final.
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